Meu filho, você não me deve nada

No livro O desenvolvimento da personalidade, que faz parte das obras completas de Jung, ele diz que o que atua psiquicamente de modo mais intenso sobre a criança é a vida que os pais e os antepassados não viveram. Ou seja, sempre que o indivíduo se obriga ou é obrigado, consciente ou inconscientemente, a viver a vida não vivida dos pais e de outras pessoas importantes para ele na sua ancestralidade isso dá problema.

O que a sua angústia está querendo dizer?

Como vocês sabem, minha clínica é baseada na Psicologia Analítica de C. G. Jung e vamos falar ainda muito dele neste espaço. Mas não só dele. Isso quer dizer que por aqui não temos preconceitos nem limitações. Sempre que um pensador da Psicologia, da Filosofia, da História, da Antropologia, etc, me trouxer uma base teórica que ajude a compreender o dia a dia, o “chão da vida”, vou chamá-lo para a roda para conversar com a gente.

Análise para quê? Análise para quem?

É comum que alguém que nunca tenha passado por um processo de psicoterapia se pergunte qual o sentido de expor sua vida pessoal e compartilhar suas questões mais íntimas com um desconhecido. É comum também a ideia de que só quem busca um psicoterapeuta é “maluco” e, portanto, se você não se considera “maluco”, a terapia, naturalmente, passa a não ser uma opção para você.